Notícia hoje, dia 03/08/2010 no Jornal Nacional: "CNJ condena o ministro Paulo Medina à aposentadoria compulsória"
Chê... Como pode isso acontecer? Como é que o Conselho Nacional de Justiça consegue dar uma pena tão sem sentido como essa para um ministro que vende o Direito, e não o jurisdiciona?
A sentença do conselho foi tão vendida quanto a Liminar que deu origem a esta celêuma, certamente.
O problema do Brasil, em termos jurídicos, no meu humilde ponto de vista e certamente comungando com o entendimento de várias outras pessoas que sejam no mínimo sensatas, é que as decisões são impensadas; não atentam para as consequências que delas advêm.
Eu fico pensando como devem estar se sentindo os demais ministros do STJ neste momento (não só eles é claro, mas todos os membros do Judiciário pátrio) "tu vê só, o cara levou uma nota preta pra conceder a liminar e ainda se aposentou 10 anos mais cedo que nós"...."agora ele tá em casa gastando a aposentadoria e eu vou ter que dar conta dos processos que era pra ser dele"... e por aí vai, imagina os comentários que surgem!!!
Agora pensa comigo: olha o precedente que isso gera!
porque no brasil o jogo é assim: direitos iguais.
então, se eu roubei e como sentença ganhei a aposentadoria compulsória perante o CNJ, então isso concederá o mesmo direito para os demais ministros, o que numa dessas vale a pena vender uma liminar até por 500 Reais, se partir do ponto de vista que a condenação será a aposentadoria compulsória, né não?
Será que se eu fraudar o INSS eles me aposentam também...?
é... no Brasil as coisas são assim e não há como explicar, o direito é igual pra todos mas o "todos" é diferente pra todos, por isso eu tenho na minha mente que o Humberto Gessinger diz em uma canção de sua autoria a reflexão de como o Brasil "funfa":
"Todos Iguais, e tão desiguais, e uns mais iguais que os outros"
Sei lá, é só isso que eu tinha pra falar.
Abç,
Palavras Perdidas